Glossário sobre Relojoaria
Glossário sobre relojoaria e termos referentes à indústria relojoeira
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GLOSSÁRIO SOBRE RELOJOARIA
O Glossário tem por objectivo fornecer uma descrição relativa aos termos mais utilizados no meio relojoeiro.
ABA OU ASA
Parte da caixa dos relógios na qual é fixada a pulseira.
ASA DE MOLA
Eixo com extremidades retrácteis através de mola que permite a sua inserção entre as abas da caixa de um relógio de pulso possibilitando assim a fixação da bracelete na caixa do relógio. Pode ser macho ou fêmea, consoante as abas da caixa tenham um orifício ou umas pequenas inserções metálicas para a fixação do pino.
ABERTURA
Janela existente no mostrador de alguns relógios através da qual são fornecidas algumas indicações como data, dia da semana e outras informações.
AJUSTE
Procedimento utilizado para a calibragem devido aos erros de funcionamento decorrentes do balanceamento das partes giratórias do movimento, nomeadamente da roda de balanço. Existem também ajustes para compensação da temperatura.
AJUSTE DA DATA
Função que permite a correção da data sem alterar ou interromper a marcha do relógio.
ALARME
Sinal acústico produzido por um pequeno martelo que é accionado no horário pré-estabelecido pelo utilizador.
ALTERNÂNCIAS
Uma oscilação é constituída por duas alternâncias. É o chamado tic-tac dos relógios mecânicos.
ALTÍMETRO
Dispositivo que é utilizado para determinação da altitude através da variação da pressão barométrica.
AMPULHETA
Instrumento para medição do tempo, cuja principal característica é a portabilidade e a medição de períodos de curta duração. Foi largamente utilizada na antiguidade.
AMORTECEDOR DE IMPACTO
Sistema para proteger os delicados e muito frágeis pivôs do balanço contra quebras. Os rubis dos orifícios e de cobertura do suporte do eixo do balanço são fixados, mediante uma mola, à platina principal e à ponte do balanço. Em resposta a um choque severo, eles cedem lateralmente ou axialmente. Um relógio com absorção de choques deve ser capaz de suportar uma queda de uma altura de um metro sobre um piso de carvalho. Daí, a marcha do relógio não deve sofrer nenhum desvio significativo em sua performance.
AMPLITUDE
É o ângulo máximo em que o balanço gira a partir de sua posição de descanso.
ÂNCORA
Peça que pertence ao escape onde, nas extremidades, se encontram os rubis. Tem esse nome face ao facto de parecer uma âncora de um barco.
ANTI-MAGNÉTICO
Diz-se dos relógios equipados com proteções contra Campos magnéticos. Os campos magnéticos prejudicam fortemente os componentes dos relógios.
ANTI-CHOQUE
Diz-se de um relógio que possui um sistema de proteção capaz de suportar uma queda de uma altura de 1 metro sobre uma superfície dura sem que tal provoque qualquer dano ao seu mecanismo ou alteração no seu movimento.
AUTOMÁTICO
É o relógio que, para além de poder obter corda através da coroa, obtém corda através dos movimentos do pulso do seu portador. Tais movimentos fazem oscilar o rotor.
ARO
Anel de retenção que mantém o vidro do relógio sobre o mostrador, por pressão ou fixado de outra maneira à caixa.
ASSORTIMENT
Termo francês utilizado para as peças usadas na confecção de um escape.
BALANÇO OU RODA DE BALANÇO
Parte integrante de um sistema que controla a cadência com a qual a mola principal da corda se desenrola, permitindo assim o movimento das engrenagens do relógio de forma predeterminada. Ao movimento completo do balanço chama-se uma oscilação.
BIZEL
Aro colocado na parte superior da caixa de um relógio, em regra em torno do vidro do mesmo, onde são colocadas diferentes tipos de escalas para marcação de tempo, segundo fuso horário, despertador, etc… O bizel Pode ser fixo (unidirecional) ou móvel (bidirecional).
BOTÃO
Botão pequeno, de forma variada, acoplado à caixa, que aciona um determinado mecanismo ou função do relógio.
BOTÃO DE AJUSTE
O mesmo que coroa.
BOTÃO DESLIZANTE
Em relógios repetidores, uma peça feita do mesmo metal que a caixa, normalmente situada no meio da caixa. O botão carrega a mola do mecanismo percussivo.
CAÇADOR
Relógio de bolso com uma tampa para proteção do vidro.
CAIXA
Caixa que protege o movimento do relógio da poeira, umidade e choques. Também fornece ao relógio uma aparência tão atraente quanto possível, de modo a se adequar ao gosto do público.
CALENDÁRIO ANUAL
Relógio que indica dia da semana, data, mês e que reconhece os meses de Fevereiro com 28 dias e os meses de 30 e de 31 dias. Como não prevê os anos bissextos tem de ser acertado de 4 em 4 anos.
CALENDÁRIO DUPLO
Relógio que no seu mostrador tem abertura ou janela com indicação do dia da semana e do mês.
CALENDÁRIO PERPÉTUO
Um relógio com este tipo de calendário possui um mecanismo que identifica os meses com 30 e 31 dias e que sabe quando o ano é, ou não, bissexto, realizando automaticamente as correções.
CALENDÁRIO TRIPLO
Também normalmente chamados de Tri-calendários, os relógios com este tipo de calendário identificam mês, dia do mês e dia da semana.
CALIBRE
Termo utilizado para definir o tamanho ou identificar um tipo de movimento. Pode ser expresso em milímetros ou em linhas (1 linha corresponde a cerca de 2,25mm). A identificação através do calibre permite a identificação de todos os componentes do movimento.
CARACOL
Parte do mecanismo de repetição, é um excêntrico entalhado para a repetição das horas, quartos ou minutos. Nomeado pela sua forma, o caracol de minutos é dividido em quatro partes, cada uma delas por sua vez dividida em 14 dentes.
CARRILHÃO
Mecanismo de percussão com três gongos de tons variados.
CENTRO
Parte central da caixa, na qual o movimento é montado.
CHABLON
Termo francês para o movimento de um relógio (não incluindo o mostrador e os ponteiros), em que todos ou uma parte dos componentes não estão montados.
CHIFRES
Em uma caixa de relógio de pulso, são as peças anexadas à parte central, às quais as pulseiras são unidas.
CLEPSIDRA
Instrumento para medição do tempo através do controle do escoamento de água por um orifício existente na base de um reservatório.
COMPLICAÇÃO
Relógios cujos mecanismos têm a capacidade de fornecer várias funções em simultâneo para além das horas. As mais importantes complicações são repetição de minutos, calendário perpétuo, cronógrafos, alarmes, fases de lua, entre outros.
CONTADOR
O mesmo que acumulador ou totalizador. Usado nos cronógrafos para totalizar horas e minutos.
CORDA
Diz-se da energia fornecida ao mecanismo do relógio para o seu normal funcionamento por uma tira metálica longa e elástica, de secção retangular e em forma espiral chamada de mola principal. Tais molas são resistentes à oxidação e à ação magnética. A expressão corda vem de tempos antigos em que os relógios de torre utilizavam cordas com pesos pendurados que, por efeito da gravidade, forneciam energia para que aqueles funcionassem.
COROA
Botão serrilhado normalmente colocado às 3 horas nas caixas dos relógios que serve para dar corda, acertar ou ajustar as horas, minutos e em alguns casos a data. Pode ser rosqueada nos casos de relógios de mergulho que necessitem de uma maior estanquicidade.
CÔTES DE GENEVE
O termo significa "Marcas ou Ondas de Genebra" e consiste em marcas regulares, paralelas, que dão um aspecto nervurado à superfície de certas peças, freqüentemente as pontes e os galos de um movimento.
COSC
Controle Oficial Suíço de Cronometragem. Foi fundado em 1973 e actualmente emite para cima de um milhão de certificados oficiais de cronómetro por ano (aproximadamente cerca de 3% da produção de relógios na Suíça).
CRISTAL
Normalmente designado simplesmente de vidro do relógio. Pode ser mineral ou de safira, sendo o primeiro natural e o segundo sintético. Ambos são mais resistentes que os normais vidros de plástico.
CRONÓGRAFO
Diz-se do relógio que possui um sistema que permite parar, contar o tempo e voltar a zero o ponteiro dos segundos. Muito utilizados em eventos desportivos, alguns cronógrafos têm ainda contadores ou acumuladores de minutos e de horas.
CRONÓGRAFO RATRAPANTE
É aquele que é dotado de dois ponteiros no eixo dos segundos que permitem ser utilizados independentemente um do outro. Tal sistema permite a medição do tempo de duração de dois eventos iniciados simultaneamente mas que terminam em distintos momentos.
CRONÓMETRO
Um relógio com a designação "cronometer" respeita determinadas exigências e parâmetros de precisão do COSC. É considerado um relógio de alta precisão.
DATA OU DIRECT-DRIVE
Refere-se a um ponteiro de segundos que se move à frente em pequenos pulos. Trotteuse é o termo francês para direct-drive, em especial ponteiro de segundos centrado.
ÉBAUCHE
Termo francês para um movimento incompleto compreendendo as platinas, pontes, engrenagens e peças em aço, mas que não possui escape, balanço, espiral, corda, mostrador e ponteiros. Por encomenda, poderá ser provido de rubis. O acabamento depende dos padrões de qualidade adotados pela empresa. A manufatura de um "ébauche" exige condições de produção muito elaboradas, o que limita consideravelmente o número de fabricantes especializados no seu desenvolvimento e produção.
ELEMENTOS REGULADORES
Conjunto das peças que compreendem o sistema regulador (balanço e espiral) e o escape - roda, alavanca (âncora) e o duplo disco (platô).
ESPIRAL
Mola fina, em forma de espiral, fixada em uma extremidade à roda do balanço e na outra à ponte (galo) do balanço. O balanço (volante) e sua mola constituem juntas o órgão regulador do movimento de um relógio. O nível de qualidade da mola é fundamental à precisão do movimento. Atualmente em sua produção é utilizado o Nivarox.
ESQUELETO
Movimento de relógio cujas pontes, platina, galo, tambor e às vezes o rotor, foram perfurados, serrados e polidos para criar um ornato em relevo, deixando apenas o material absolutamente necessário para o órgão executar sua função. Esta remoção torna possível visualizar através do movimento esqueleto. Em relógios finos, a esqueletização é feita à mão ou, em parte, automaticamente, com a ajuda de um padrão e de um pantógrafo. Movimentos-esqueleto são uma materialização da elevada arte da relojoaria.
EQUAÇÃO DO TEMPO
Expressão utilizada para denominar o gráfico que mostra a diferença entre o tempo solar e o tempo verdadeiro. Existem relógios com esta complicação que utilizam um ponteiro suplementar para a indicar ao longo do ano.
ERRO BAROMÉTRICO
É o erro resultante de alterações no movimento do relógio causadas por variações de pressão atmosférica. Certos relógios de precisão têm o seu pêndulo numa câmara fechada a vácuo a fim de manter a pressão e a temperatura do ar constantes. Alguns relógios de pulso têm também a sua própria caixa selada a vácuo.
ERRO MÉDIO DE TEMPERATURA
A elasticidade da mola de balanço tem diferentes variações das apresentadas pela compensação dos efeitos do balanço bimetálico. O movimento com esse tipo de balanço apresenta precisão somente em duas temperaturas. Essa imprecisão pode ser corrigida através da compensação auxiliar.
ERRO DE POSIÇÃO
São as alteração na marcha do relógio detectadas em consequência da sua colocação em diferentes posições.
ESCALA TAQUIMÉTRICA
É a escala que permite a medição da velocidade média de um corpo em uma distancia pré-estabelecida.
ESCALA TELEMÉTRICA
É a escala que permite a medição de distância percorrida por um corpo em velocidades pré-estabelecidas.
ESCALA PULSOMÉTRICA
É a escala que permite a medição dos batimentos cardíacos. Dispara-se o cronógrafo e conta-se quinze batimentos do coração, parando o ponteiro novamente. Em seguida lê-se na escala a quantidade de batimentos sem necessidade de nenhuma conta.
ESCAPE
Este mecanismo tem por função manter as oscilações do balanço ou pêndulo. O tipo de escape mais comum é o de âncora.
ESMALTE
Material vitrificado em forno a 1200 Cº normalmente utilizado nos mostradores de relógios antigos.
ESQUELETO
O relógio assim designado tem parte das suas componentes escavadas o que permite ver as subsequentes do mecanismo.
ESTANQUE
Característica dos relógios que possuem caixas que lhes permitem utilizar os mesmos dentro de água sem se danificarem. Os meramente chamados de estanques ou resistentes à água é suposto suportarem atividades tipo natação, surf, manuseamento de líquidos, etc… Os que se designam de mergulho devem ser estanques até pelo menos 100 metros de profundidade. A resistência das caixas dos relógios à água é registada em Bars (1bar = 10 metros).
EXTRA PLANO
Diz-se de um relógio cuja espessura da caixa é bastante abaixo do normal.
FASES DA LUA
Os relógios com esta complicação indicam as fases da lua através de uma janela semi-circular no mostrador do relógio. O disco que se encontra sob o mostrador e que gira duas vezes sobre o seu eixo durante um período de 59 dias tem duas figuras da lua cheia diametralmente opostas.
FLYBACK
Os relógios com esta função permitem que o seu cronógrafo, ao contrário dos normais cronógrafos, seja reposto a zero sem a necessidade de parar o ponteiro. Esta função é útil em aplicações aeronáuticas.
FREQUÊNCIA
É o número de oscilações por segundo e é medida em Hertz (1Hz = 1 oscilação completa por segundo, igual a 7200 semi-oscilações por hora).
G.M.T. (Greenwich Mean Time)
Tal conceito foi introduzido em 01 de Novembro de 1864, sendo conhecido cientificamente como UTC (Universal Time Coordinated) e utilizado como tempo universal padrão.
GRANDE DATA
Os relógios assim chamados têm uma janela de grandes proporções com indicação digital do dia do mês, dia da semana ou mês.
GREENWICH
O Observatório de Greenwich foi fundado em 1675 e tinha como objectivo solucionar o problema da medição da longitude em alto mar. Por ele passa o meridiano de longitude zero conforme convencionado em 1884 por vários países.
GUILLHOCHÉ
Técnica de gravação mecânica que consiste na execução, através de maquinaria específica, de sulcos desenhados conforme um fino padrão de linhas geométricas. É utilizado em mostradores e caixas de relógios.
HORÁRIO DE VERÃO
Teve como objectivo que as pessoas adiantassem o início das suas atividades diárias de forma a realizar a maior parte delas durante a ocorrência de luz do dia a fim de poupar energia eléctrica. A primeira proposta de implantação do Horário de Verão foi realizada em Inglaterra por William Willet , em 1907.
HORAS DO MUNDO
Também designados de Horas Universais, estes relógios permitem saber as horas das principais cidades dos 24 fusos horários através do ajuste do fuso horário do local onde nos encontramos com o ponteiro das horas.
HORAS SALTANTES
Os relógios com esta função permitem a visualização digital das horas numa janela no mostrador e a indicação dos minutos através de ponteiros. A cada volta completa do ponteiro dos minutos um gatilho provoca o salto da numeração referente à indicação da hora.
INDICADOR DE RESERVA DE MARCHA
Os relógios com este dispositivo permitem saber o tempo total de funcionamento até ao desenrolar completo da mola principal ou corda caso essa não seja novamente carregada.
INDICADOR RETRÓGRADO
Diz-se dos indicadores que percorrem a sua escala do maior para o menor valor. É precisamente o caso dos indicadores de reserva de marcha que têm o seu início no total de horas que a mola principal carregada permite funcionar o relógio e o seu fim nas zero horas.
LINHA
Unidade de medida utilizada na França e na Suíça que corresponde a 2,25mm e que é utilizada para determinar o calibre de um relógio.
MANUFATURA
Na indústria relojoeira suíça, o termo é utilizado para fábricas/oficinas nas quais quase todas as peças de um relógio são fabricadas e montadas (ao menos um "ébauche" original). Elas se distinguem das fábricas de acabamento ou "Établisseur" onde o trabalho se limita à montagem, regulagem e acabamento.
MOLA PRINCIPAL
A mola tracionadora de um relógio, contida no tambor. É uma tira de aço longa, elástica e enrolada em espiral. É utilizada para armazenar a energia de que um relógio mecânico precisa. A mola principal, ou corda, desenvolve o seu torque máximo quando completamente estirada. À medida que a tensão da mola diminui, também o seu torque sofre uma redução, o que afeta a marcha do relógio. Em relógios com corda automática, a mola de corda é continuamente estirada, o que provoca um nível de tensão e torque constantes, assegurando-se desse modo que a marcha do relógio se mantenha praticamente invariável. Nos relógios de pulso modernos utiliza-se freqüentemente a mola principal de "Nivaflex", uma liga especial de grande elasticidade e resistência prolongada.
MONTAGEM
Processo de montar os componentes de um movimento. Isto era feito antigamente de forma inteiramente manual, mas as operações têm sido automatizadas em sua maior parte. Não obstante, o elemento humano ainda é primordial, especialmente para inspeção e teste.
MONOPULSANTE
Relativo aos cronógrafos. A função, normalmente realizada por dois botões, de iniciar, parar e zerar, num mono-pulsante é realizada apenas por um botão.
MOSTRADOR
Face indicadora ou placa de metal ou outro material, contendo várias marcações para mostrar as horas, minutos e segundos. Mostradores variam muito em forma, decoração, material, etc. As indicações são dadas por meio de numerais, divisões ou símbolos de diversos tipos.
MOSTRADOR ANALÓGICO
Mostrador clássico constituído por um par de ponteiros. A leitura das horas é obtida através da posição que os ponteiros têm sobre o mostrador do relógio.
MOSTRADOR ANALÓGICO-DIGITAL
Diz-se do mostrador que é constituído por ponteiros e por indicadores numéricos.
MOSTRADOR DA DATA
As indicações da data, podem ser na forma analógica (através portanto de ponteiros) ou digital através do uso do disco numerado que gira por baixo do mostrador do relógio e que apresenta a data do dia numa abertura ou janela.
MOSTRADOR DIGITAL DAS HORAS
A indicação das horas em relógios mecânicos também pode ser feita através de números. É o que acontece nos relógios que possuem discos marcados com números (normalmente um para as horas e outro para os minutos) que giram por baixo do mostrador e cuja leitura das horas é realizada através de duas janelas existentes no mostrador do relógio.
MOVIMENTO
Mecanismo interno do relógio totalmente acabado, não incluindo o mostrador e a caixa.
MOVIMENTO DE CORDA MANUAL
Os relógios com este tipo de movimento são os que necessitam de corda carregada manualmente através da coroa do relógio.
NIVAROX
Nome de uma liga metálica utilizada na fabricação das espirais. É inoxidável, antimagnética e praticamente insensível a variações de temperatura.
ÓLEO
A lubrificação do mecanismo de um relógio é essencial para o seu correto funcionamento e durabilidade. Em períodos de 12 a 24 meses (consoante o uso e meio onde está a ser utilizado) o movimento deve ser alvo de limpeza e lubrificação adequada.
PALHETA
São as peças através das quais os dentes da roda de escape dão impulso ao balanço. Em geral, as palhetas são confeccionadas de rubis.
PLACA INFERIOR
Parte do mecanismo que está mais próxima ao mostrador.
PLACA TRASEIRA
Parte do mecanismo que está mais próxima à tampa traseira do relógio.
PLATINA
Metal precioso, raro e muito valioso de considerável dureza e resistência também utilizado na relojoaria. Platina é também utilizada para designar a estrutura principal ou base do mecanismo de um relógio.
PONTE
Parte metálica em forma de ponte, fixada em ambas as extremidades à placa traseira, que serve de suporte para as partes rotativas do mecanismo do relógio.
PONTEIROS
São a parte do relógio que permitem a leitura das horas, minutos e segundos. O dos minutos é fixado no prolongamento do eixo da roda central que executa uma rotação a cada 60 minutos. O eixo do ponteiro das horas constitui-se de um eixo tubular que está sobre o eixo da roda central e executa uma rotação a cada 12 horas.
PROTEÇÃO ANTI-CHOQUE
Dispositivo cuja função é a de absorver choques mecânicos que porventura sejam aplicados ao relógio. Ver anti-choque.
PUNÇÃO DE GENEBRA
Marca ou símbolo que é gravado nos movimentos mecânicos dos relógios apenas fabricados no Cantão de Genebra.
PVD (Physical Vapour Deposition)
Os relógios onde é aplicada esta tecnologia têm alta resistência a riscos e corrosão. Este sistema consiste numa deposição de uma camada de titânio e ouro em câmara de alto vácuo nas caixas e braceletes de alguns relógios.
RACKS
O mecanismo de percussão incorpora três peças de forma redonda chamadas "racks": uma para as horas, uma para os quartos e uma para os minutos. Quando o botão é ativado, os "racks" caem nos diferentes caracóis, e sua posição determina o número de golpes batidos.
RELÓGIOS ELÉCTRICOS
Relógios cujo mecanismo funciona através de uma pequena bateria colocada no seu interior.
RELÓGIOS MECÂNICOS
São os relógios cuja energia para o seu funcionamento é fornecida exclusivamente por um mecanismo (que pode ser de corda, pesos, variação da temperatura ou da pressão).
RELÓGIOS MECÂNICOS AUTOMÁTICOS
Nestes relógios a corda é fornecida ao movimento através de um rotor colocado, em regra, no centro do movimento (alguns têm micro rotores que não estão no centro do movimento). É o movimento do braço do indivíduo que usa o relógio que é utilizado para fazer mover o rotor que por sua vez vai carregar a mola principal do movimento. Os rotores podem ainda ser unidirecionais ou bidirecionais, ou seja, podem fornecer corda ao relógio rodando apenas para um dos lados do eixo ou para ambos os seus lados.
RELÓGIOS DE ÁGUA
Clepsidra – Instrumento para medição do tempo através do controle do escoamento de água por um orifício existente na base de um reservatório.
RELÓGIOS DE AREIA
Ampulheta – Instrumento para medição do tempo, cuja principal característica é a portabilidade e a medição de períodos de curta duração.
ver ampulheta
RELÓGIOS DE SOL
Instrumento composto por uma haste fixa "gnomon" a uma superfície onde estão gravadas as linhas horárias. Com a rotação da terra o Sol descreve uma trajetória que projeta a sombra do "gnomon" sobre a superfície que contém as linhas horárias possibilitando a leitura das horas.
REPETIDOR
Relógio que bate as horas por meio de um mecanismo operado um botão deslizante. Há vários tipos de repetidores: repetidor de quarto-de-hora: soa baixo uma nota para as horas e um "ding-dong" para cada um dos quartos; repetidor de cinco minutos: bate as horas, quartos e a cada período de cinco minutos após o quarto; repetidor de minutos: bate as horas, quartos e os minutos; Grande sonnerie (grande batida): bate as horas e quartos automaticamente, repetindo quando um botão é pressionado; repetidor de Chiming: os quartos são batidos em três ou quatro gongos de passo diferente.
REPETIDOR DE MINUTOS
Relógio repetidor que soa horas, quartos e minutos quando solicitado.
RESERVA DE MARCHA
É a quantidade de energia (corda) armazenada na mola principal do relógio necessária para mantê-lo funcionando por determinado tempo.
RESISTENTE À ÁGUA
Relógio feito para impedir que a água entre. Caixas resistentes à água são aquelas cujas junções são feitas para impedir que a umidade entre.
ROTOR
Trata-se da massa oscilante utilizada nos relógios automáticos para fornecer energia à mola principal do movimento. Ver relógios mecânicos automáticos.
RUBI
É utilizado nos orifícios dos eixos do movimento e também nas paletas da âncora do escape e tem por objectivo reduzir o atrito.
São rolamentos, pedras de suporte (em orifícios) ou cobertura e palhetas utilizados para redução do atrito no movimento dos relógios.
São feitos geralmente de rubis sintéticos, à exceção de pedras preciosas ou semi-preciosas (diamante, rubi, safira, granada) que são usadas geralmente em relógios mais luxuosos.
Como exemplos, podem ser citados os rubis utilizados para redução do atrito dos pivôs do eixo da roda do balanço e as palhetas da âncora do escape.
SAFIRA
Material sintético resistente a riscos (corindo sintético) usado para cristais do relógio, sobre o mostrador e às vezes na parte de trás da caixa.
SEGUNDO
Unidade de tempo básica, correspondendo a 1/86.400 do dia solar médio, isto é, a duração da rotação sobre seu próprio eixo, de uma Terra ideal que descreve um círculo em volta do sol em um ano, a uma velocidade constante e no plano do Equador. Após a Segunda Guerra Mundial, os relógios atômicos tornaram-se tão precisos que poderiam demonstrar as irregularidades infinitesimais (alguns centésimos de um segundo por ano) da rotação da terra sobre seu próprio eixo. Decidiu-se então redefinir o padrão da referência; isto foi feito pela 1a. Conferência Geral Sobre Pesos e Medidas em 1967, nos seguintes termos: "o segundo é a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação que corresponde à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo do Césio 133". Convencionalmente, o segundo é subdividido em décimos, centésimos, milésimos(milissegundos), milionésimos (microssegundos), em bilionésimos (nanossegundos) e em trilionésimos (picossegundos).
SUPERLUMINOVA
Material luminescente aplicado nos ponteiros e nos mostradores dos relógios, para permitir sua visualização na ausência de luz. Este material, que não é afetado por variações de temperatura, uma vez exposto à luz solar, incandescente ou fluorescente por cerca de 30 segundos armazena energia para brilhar por 6 a 8 horas.
TAMBOR
Fina caixa cilíndrica que contém a mola principal de um relógio. A borda dentada do tambor traciona o trem de engrenagens.
TAQUÍMETRO
É um dispositivo que permite medir a velocidade desde que se conheça da distância percorrida. Há muitos cronógrafos com escalas taquimétricas.
TEMPORIZADOR
Instrumento usado para registrar intervalos de tempo, sem qualquer indicação da hora.
TERMINAGE
Termo francês que denota o processo de montar peças de relógio para um produtor.
TITÂNIO
Este material é utilizado no fabrico de pulseiras e caixas de relógios. É um metal mais leve e mais resistente que o aço e não magnético.
TRITIUM
Material emissor de raios beta utilizado nos relógios para produzir luminescência no mostrador e ponteiros. O Trítio, por si só, não produz luminescência sendo a radiação emitida por ele que, ao actuar sobre o Fósforo, produz o brilho que nos permite a leitura do relógio na ausência de luz.
TURBILHÃO
Dispositivo mecânico, criado por L. Breguet, composto de uma "gaiola" giratória que contém o sistema de escape e balanço do relógio. Serve para anular as irregularidades do movimento provocadas pela gravidade.
VÁLVULA DE ESCAPE DE HÉLIO
Os relógios de mergulho são utilizados por mergulhadores que permanecem longos períodos em câmaras de descompressão e há a possibilidade de durante esse processo o hélio forçar o vidro do relógio e provocar danos no mesmo. A finalidade da válvula de escape é permitir que o hélio saia de dentro da caixa do relógio sem causar danos na mesma.
José Sousa